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Falstaff

Compositor: Verdi Giuseppe

Instrumentos: Voz Mixed chorus Orquestra

Tags: Lyric comedies Óperas Lyric operas

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Complete Score PDF 57 MBFront Matter and Act 1 PDF 16 MBAct 2 PDF 21 MBAct 3 PDF 20 MB
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Act II, Part 2 : Chanson de Falstaff "Quand j'étais page" PDF 0 MB

Partes para:

Voz
TodosViolonceloViolinoViolaTrompeteTrompaTromboneTímpanoOboéFlautimFlautaFagoteCorne inglêsClarinete

Arranjos:

Outras

Complete. Piano (Carlo Carignani)Tutto nel mondo è burla (Closing fugue). Piano four hands (Giulio Castronovo)Complete. Piano (Carlo Carignani)
Wikipedia
Falstaff é uma ópera cómica de Giuseppe Verdi, inspirada na adaptação por Arrigo Boito de The Merry Wives of Windsor (As alegres comadres de Windsor) e Henry IV (Henrique IV) partes I e II, de William Shakespeare. Assim, como em Otello, Falstaff apresenta um libreto que, além de se basear no texto de Shakespeare, respeita e dialoga com as características desse grande dramaturgo.
Por ser uma ópera onde breves temas predominam ao invés de grandiosas melodias, Verdi continua mantendo sua produção com um alto grau de elegância e inovação. Em, Falstaff, sua última ópera, exibe determinados solos imponentes, mas o foco está na atuação em grupo, sejam em trios, quarteto ou quinteto. (musical ou canto?).
A história de Falstaff se resume em uma comédia de vingança e lição de honra. O personagem principal, cujo nome intitula a própria ópera, é um homem sem escrúpulos que usa a mentira para zombar e se aproveitar de todos ao seu redor. Depois de tentar conquistar mulheres casadas, invadir e roubar a casa de um homem e demitir injustamente seus criados, Falstaff está na mira de todos aqueles que foram prejudicados por ele.
Diante disso, várias armadilhas põem Falstaff em situações de vexames e repletas de muita confusão durante todos os 3 atos da ópera. O fechamento, porém, apresenta um final alegre tendo como, pano de fundo, um casamento entre dois personagens apaixonados e cantoria de todos sobre cantoria que diz: “Ri melhor quem ri por último”.
Em 1889, Giuseppe Verdi reuniu-se com seu libretista Arrigo Boito em Milão. Os dois amigos conversaram longamente sobre a possibilidade de uma nova ópera, desta vez uma comédia, tendo como protagonista o gordo e jocoso John Falstaff, personagem das Alegres Comadres de Windsor e Henrique IV partes I e II de Shakespeare.
Boito, entusiasmado com o grande sucesso internacional de Otello, que ambos haviam criado dois anos antes, não via a hora de repetir o feito. O compositor, por sua vez, acalentava o desejo de escrever uma ópera cômica como forma de liquidar uma antiga pendência. Cinquenta anos antes, vira sua única comédia, Un Giorno di Regno, ser recebida com vaias no Teatro Alla Scala. Mesmo depois de tanto tempo, queria redimir o fracasso.
Verdi foi veranear com sua esposa em Montecatini. Boito, sem perder tempo, preparou rapidamente um esboço de Falstaff e o enviou para a estação das águas. Verdi o recebeu exatamente no momento em que acabava de reler a tradução italiana das peças de Shakespeare As Alegres Comadres de Windsor, Henrique IV partes I e II e Henrique V. Como Boito viria a anotar na primeira edição da ópera, apenas a primeira delas e algumas poucas passagens da segunda serviriam de base ao libreto definitivo.
As cartas sedutoras de Boito não demoraram a convencer Verdi, que começou a compor imediatamente. Mas o entusiasmo inicial de Verdi viria a arrefecer alguns meses depois, e a velocidade de composição diminuiria. Sua idade avançada (em 1889, ele tinha 77 anos) não lhe permitia trabalhar seguidamente como antes. Além disso, sua disposição para o trabalho foi afetada pelas notícias da morte de dois amigos íntimos, Giuseppe Piroli e Emmanuele Muzio. Verdi, muito deprimido, não conseguiu escrever uma só nota por muito tempo. Nesse período, Boito não deixou de estimulá-lo carinhosamente através de cartas e visitas. Falstaff levou três anos e meio para ficar pronta.
Mesmo antes de completar a partitura, Verdi já estava, como de costume, trabalhando obsessivamente de todos os aspectos da produção. Parecia ter rejuvenescido trinta anos. Escolher os cantores corretos era uma de suas grandes preocupações, pois queria a ópera cantada de uma forma inovadora, "diferente das óperas cômicas modernas e das velhas óperas bufas".
Cuidou ele próprio dos cenários e da iluminação, além de especificar a quantidade de instrumentos para a orquestra e sua afinação específica para certas passagens. Supervisionou exaustivos ensaios pessoalmente durante meses.
Falstaff estreou no Scala 9 de fevereiro de 1893. Na plateia, repleta de jornalistas de todo o mundo, estavam o poeta Giosuè Carducci, o dramaturgo Giuseppe Giacosa, o compositor Pietro Mascagni e também Giacomo Puccini, apenas oito dias depois da estreia de sua Manon Lescaut. O triunfo foi indescritível. Ao final do espetáculo, os aplausos duraram quase uma hora.
Em Falstaff, estão presentes todas as qualidades de Verdi, cuidadosamente buriladas ao longo dos anos, assim como estão exluídos todos os seus defeitos. As ideias musicais se sucedem num turbilhão, encadeadas umas nas outras, com enorme velocidade de transformação. Sua linguagem musical é luminosa e feliz, transbordando de jovialidade e de juventude, mas só poderia ter sido concebida por um autor seguro e experiente, com dezenas de anos de convívio íntimo e cotidiano com a música, e principalmente dono de grande sabedoria, como apenas um octogenário pode ser. A música nasce diretamente das palavras do libreto, e os motivos orquestrais derivam, na maioria das vezes, daquilo que as vozes cantaram. E o canto flui, contínuo e flexível, abandonando completamente as formas fixas como árias ou cavatinas. Os cantores se expressam num estilo quase declamado, já presente em certas passagens de Otello. Conforme a necessidade dramática, as declamações se transformam em breves canções, monólogos ou ariosos, sem nenhuma relação com as regras do passado. Assim, Verdi cria, na velhice, um estilo de comédia lírica completamente novo, revolucionário, que se esperaria fosse obra de algum jovem compositor imbuído de ideais. A influência desse novo estilo se manifestará com frequência no século XX; seu exemplo mais evidente é o Gianni Schicchi pucciniano. Este talvez seja um grande paradoxo: para o estabelecimento de uma nova linguagem vocal, fluida, livre e moderna, Verdi regressa aos primórdios da ópera, aos princípios do recitar cantando estabelecidos pela Camerata Fiorentina.
Oberto, Conte di San Bonifacio (1839) Un giorno di regno (1840) Nabucco (1842) I Lombardi alla prima crociata (1843) Ernani (1844) I due Foscari (1844) Giovanna d'Arco (1845) Alzira (1845) Attila (1846) Macbeth (1847) I masnadieri (1847) Jérusalem (1847) Il corsaro (1848) La battaglia di Legnano (1849) Luisa Miller (1849) Stiffelio (1850) Rigoletto (1851) Il trovatore (1853) La traviata (1853) Les vêpres siciliennes (1855) Simon Boccanegra (1857) Aroldo (1857) Un ballo in maschera (1859) La forza del destino (1862) Don Carlos (1867) Aïda (1871) Otello (1887) Falstaff (1893)
A ação se passa em Windsor, na Inglaterra, durante o reinado de Henrique IV, no século XV.
Depois de uma lauta refeição, Sir John Falstaff, um cavaleiro muito gordo, está fechando duas cartas. Entra o Dr. Caius, médico da aldeia, e acusa Falstaff de haver arrombado sua casa. Acusa também Bardolfo e Pistola, os criados de Falstaff, de terem-no embriagado para depois roubá-lo. Falstaff, imperturbável, dispensa o médico sem lhe dar maiores satisfações.
Falstaff não tem mais dinheiro para as elevadas contas da taverna. Para resolver essa situação, expõe um plano a seus dois criados: tentará conquistar duas belas comadres de Windsor, Alice Ford e Meg Page, que detém as chaves dos cofres dos maridos e controlam as finanças de suas respectivas casas. O enorme cavaleiro tem absoluta confiança em seu poder de sedução. Ordena aos servos que entreguem rapidamente as cartas dirigidas às senhoras. Bardolgo e Pistola se recusam, alegando que a honra os impede. Falstaff fica furioso, envia um pajem em seu lugar e faz um discurso dizendo que a honra não tem nenhum sentido nem finalidade prática. A seguir, despede os dois empregados de seu serviço.
Entra Meg Page, acompanhada de sua amiga Quickly, e Alice Ford, ao lado de sua filha Nannetta. Alice e Meg comparam as cartas de amor que receberam de Falstaff: são idênticas, a não ser pelo nome de cada uma. As alegres comadres decidem pregar uma peça em Falstaff, para castigá-lo por sua audácia.
Ao mesmo tempo, para vingar-se de Falstaff, os dois criados despedidos vão procurar Ford, que é muito ciumento, e lhe contam sobre a iniciativa de seu ex-patrão. O Dr. Caius e o jovem Fenton se oferecem para ajudar Ford a punir Falstaff. Nannetta e Fenton, que estão apaixonados, enquanto os dois grupos, o das mulheres e os dos homens, conspiram em separado contra o cavaleiro pançudo. Finalmente, o grupo feminino decide que Quickly se fingirá de alcoviteira, marcando um encontro entre Falstaff e Alice, que é na verdade uma armadilha. Por sua vez os homens decidem que Ford se apresentará a Falstaff com um nome falso, para tentar extrair dele a verdade.
Bardolfo e Pistola, agora a soldo de Ford, simulam arrependimento e voltam a servir Falstaff. Chega Quickly, que demonstra exagerado respeito pelo fidalgo barrigudo, e diz que Alice o espera em sua casa, ente duas e três horas, horário em que Ford costuma sair. A seguir, Quickly diz a Falstaff que também Meg recebeu uma carta sua, mas que o marido dela dificilmente se ausenta. Quickly garante a Falstaff que ambas as comadres estão loucamente apaixonadas por ele, e que uma nada sabe do interesse da outra. Contentíssimo consigo mesmo, Falstaff dá uma gorjeta a Quickly e ela parte.
Chega agora Ford que se apresenta como o Senhor Fontana e traz um garrafão do precioso vinho de Chipre para deleite do gordo beberrão. Dizendo-se milionário, o falso Fontana confessa a Falstaff que está apaixonado por Alice Ford, mas ela, esposa muito virtuosa, não lhe dá a mínima atenção. Fontana pagaria qualquer soma e como prova presenteia o Cavaleiro com uma sacola de moedas para ver Falstaff, que todos sabem ser um irresistível sedutor, conquistar Alice. Se ela pecar uma vez com Falstaff, poderá pecar a segunda com o milionário enamorado. Falstaff deve abrir o caminho para ele. Falstaff lhe garante que ela está quase conquistada, vai encontrá-la entre duas e três horas, horário em que o marido sai todos os dias. A seguir, Falstaff vai trocar de roupa. Ford, sozinho, se desespera com a notícia, mas sabe conter-se, e quando Falstaff regressa, deixam a hospedaria juntos, como bons amigos.
Aguardando a chegada de Falstaff, as alegres comadres preparam uma enorme cesta de roupa suja. A intenção é fazer com que o pançudo conquistador entre dentro da cesta, que depois será atirada num fosso do Rio Tâmisa. A única pessoa triste é Nannetta, pois o pai acabou de dizer-lhe que ela deverá se casar com o velho Dr. Caius. As comadres, entretanto, prometem ajudá-la a escapar. Enquanto as outras se escondem para vigiar e espiar, Alice fica sozinha para receber Falstaff, que ao chegar, passa a fazer-lhe a corte.
Quickly entra correndo, dizendo que Meg chegou e quer lhe falar com urgência. Falstaff se esconde rapidamente atrás de um biombo. O plano concebido pelas comadres ameaça fugir de controle. Meg avisa Alice que Ford vem vindo furioso, para surpreender sua mulher com o rival. Entram Ford, Bardolfo, Pistola, Caius e um bando de empregados. Frenético, Ford examina a cesta, mas só acha roupa suja, e leva todos os seus para procurar o gordo fidalgo nos outros aposentos da casa. Enquanto Alice sai rapidamente para chamar dois criados, Meg, fingindo grande surpresa por ali encontrar Falstaff, ajuda-o a entrar na cesta com seu corpanzil.
Enquanto isso, Fenton e Nannetta se escondem atrás do biombo e beijam-se apaixonadamente, sem se dar conta de mais nada. Nisso, retornam Ford e seus companheiros. Não encontraram ninguém. Ouvindo ruídos atrás do biombo, os homens se aproximam pé ante pé, esperando surpreender Falstaff e Alice, mas encontram Nannetta e o namorado. Ainda mais colérico, Ford diz a Fenton que sua filha não é para ele. Olhando pela janela, Bardolfo e Pistola tem a impressão de ver Falstaff ao longe, nas escadarias. Dado o alarme, todos saem correndo.
Alice volta, e manda um pajem chamar o marido para presenciar o que vai acontecer e dissipar suas dúvidas tolas. Com a ajuda dos criados e das comadres, atira a cesta na fossa com Falstaff dentro pela janela. O ato termina com uma grande gargalhada.
O dia está anoitecendo e Falstaff está sentado num banco. Ele rememora com amargura os fatos acontecidos, e se consola com uma grande taça de vinho quente. Ford, Alice, Caius, Nannetta, Meg e Fenton espiam escondidos no outro lado da praça. Todos, de comum acordo, querem pregar uma grande peça em Falstaff.
Entra Mrs. Quickly, que consegue convencer Falstaff da inocência de Alice em tudo o que aconteceu. Tanto é verdade, diz Quickly, que Alice quer encontrar-se novamente com ele. Ela o esperará à meia-noite, junto do velho carvalho de Heine, lugar no qual, segundo a crendice, os espíritos e fadas se reúnem à noite. Para dar mais tempero à aventura, Falstaff deverá vir vestido como o Caçador Negro, personagem de uma velha e assustadora lenda popular. Falstaff cai como um patinho, e entra com Quickly na taverna para conversar melhor. As outras comadres passam a combinar os detalhes da farsa. Vão se fantasiar de fadas e bruxas, para dar um grande susto no comilão. Enquanto isso, Ford declara a Caius que aproveitará a ocasião para fazê-lo desposar sua filha Nannetta. Quickly, porém, ouviu a conversa dos dois.
O grande carvalho de Herne está ao centro. Fenton, sozinho, canta seu amor por Nannetta. Ela lhe responde ao longe, e depois entra, já fantasiada de Rainha das Fadas. Chega Alice, acompanhada de Quickly vestida de bruxa, e Meg mascarada. Alice coloca uma máscara e um manto de frade em Fenton.
Soa a meia-noite. Todas se escondem e entra Falstaff, com a roupa do Caçador Negro: um grande manto e um capacete com dois grandes chifres de cervo na cabeça. Volta Alice, fingindo-se enamorada dele. Mas um grito de Meg interrompe o idílio: a legião dos espíritos, duendes, bruxas e fadas se aproxima!
Alice finge fugir, e Falstaff se esconde atrás do grande carvalho. Entra Nannetta, disfarçada de Rainha das Fadas, à frente de uma série de moças fantasiadas. Falstaff diz para si próprio: "São as fadas! Quem as vir morrerá!" Aterrorizado, ele se joga no chão, escondendo o rosto no solo.
Após a Dança das Fadas, entram todos os outros que querem vingar-se ou caçoar de Falstaff. Ele é insultado, cutucado, beliscado, rolam-no no chão, e fazem com que ele peça perdão por suas culpas. No auge da brincadeira, o gordo cavaleiro reconhece Bardolfo, cujo capuz caiu, e compreende que foi enganado. Resignado, Falstaff acata pacientemente a caçoada de todos.
Mas ele não será o única ludibriado. O final da mascarada, que segundo os planos de Ford deveriam ter como apoteose o casamento de Nannetta com o Dr. Caius, tem um resultado muito diferente. Graças às artes de Quickly e Alice, um outro casal pede também para receber as bênçãos do matrimonio. Após a cerimônia, quando as máscaras e os véus são removidos, Ford percebe que abençoou a união de sua Nannetta com Fenton, enquanto o Dr. Caius casou-se com... Bardolfo! Nada resta a Ford senão manter a palavra dada. Convida a todos para jantar com Sir John Falstaff, a quem cabe dizer:
"Ri melhor quem ri por último!"
A orquestração inclui:
Além da orquestra,há um violão, corneta e sinos que são ouvidos fora do palco.